segunda-feira, 31 de julho de 2017

PORTAL - GNA - 9269 - O CERVO BRANCO - LUZES DA VERDADE - DO CÉU A TERRA - GIORGIO BONGIOVANNI O ESTIGMNATIZADO - POSTAGEM ESOTÉRICA - REFLEXÃO A QUEM DEVEMOS BUSCAR - GNA

DO CÉU À TERRA.

O CERVO BRANCO.

SETUN SHENAR COMUNICA:

LEIAM ESTE RELATO. É A PROVA DE QUE A ALMA DAS CRIATURAS COM ESPÍRITO COLETIVO TÊM MAIS AMOR QUE OS SERES HUMANOS QUE ABUSARAM DO LIVRE ARBÍTRIO QUE SEU SUPREMO MONARCA SOLAR JESUS CRISTO LHES CONCEDEU.
MEDITEM E DEDUZAM!
PAZ!
SETUN SHENAR SAÚDA


Sant' Elpidio a Mare,
30 de Julho de 2017.
Às 13,41 hs.
G. B.


O CERVO BRANCO.

Havia uma vez – como nas fábulas – um cervo branco que vivia nas ladeiras de uma majestosa montanha. Seu aspecto era esplêndido; um verdadeiro rei de sua espécie, com grandes chifres, semblante feroz, dois olhos doces e luminosos. Vivia ali desde muito tempo; se dizia que desde sempre; mas, naturalmente, era somente falatórios. Quando passava, todos o olhavam com alegria porque seu aspecto era muito agradável, e ele aceitava aquelas silenciosas homenagens com naturalidade, como se fossem devidas, e também porque desde que havia nascido, todos os animais da montanha se comportavam assim com ele. Ao pé da montanha se estendia um grande lago onde os homens, aquelas criaturas que despertavam nele tanta curiosidade, pescavam com barcos e redes. Gostava de os observar de entre as folhas das moitas, além disso, tomava cuidado de não si deixar ver, em parte porque era tímido e em parte porque lhe produziam muito temor. Mas a curiosidade era mais forte que o medo, assim, de vez em quando, lhes espiava do seu esconderijo secreto. Um dia viu uma grande multidão nas margens do lago; era verdadeiramente uma grande multidão. Não tinha visto nunca assim tantos homens todos juntos. perguntou-se que coisa estariam fazendo e para descobri se aproximou o mais perto possível. Não se ouvia voar uma mosca à exceção da voz de um homem que falava desde um barco. O som daquela voz era harmonioso, como a voz da natureza que ele conhecia tão bem; uma voz assim rica de sons doces e melodiosos, que ao escutá-la produzia uma grande paz. O cervo branco não compreendia o que dizia aquele homem, mas gostava de escutar, igualmente à  multidão de gente. Escutou falar o homem até que este, com alguns de seus companheiros, se afastou da margem e entrou no lago. Ao pobre animal lhe restou interiormente uma estranha inquietação, ânsia, um vazio que lhe impulsionava a seguir aquele homem para escutar de novo a melodia de sua voz. Não conseguia a partir dali para retornar a sua cova, apesar de que anoitecia e tivesse muito medo. Depois de ter mastigado aqui e acolá os brotos tenros dos arbustos ao seu redor, se acomodou entre os braços da erva fresca, decidido a esperar a volta de sua melodia. As horas passavam e a noite era sempre mais profunda. De repente, um estremecimento passou entre as ramagens do matagal. O cervo branco levantou a cabeça assustado, farejou o ar e seu sensível olfato lhe disse que estava chegando o temporal. Ao lago, as águas se tornavam sempre mais agitadas; grandes ondas perturbavam sua superfície. Na distancia, a barca parecia em dificuldade e, no estrondo do temporal, ouviam-se as vozes agitadas dos homens que chamavam e pediam ajuda.

O cervo branco estava surpreso e assustado, mas ainda não se ia dali. Sentia-se imobilizado e nada lhe podia induzir a que partisse. A tempestade aumentava violentamente; os fortes assobios do vento eram sinistros e as ondas cada vez mais altas. O cervo teve medo pelos homens que sobre a frágil embarcação lutavam contra a força da natureza. Mas, de repente, sobre a água apareceu uma luz muito pura que se deslocava lentamente para a barca e quando a alcançou, o temporal se aplacou imediatamente. As águas do lago se acalmaram; a natureza recuperou sua harmonia e para a barco foi possível alcançar a margem. Começaram a aparecer as primeiras luzes da alvorada e o cervo aproximou-se da margem onde os homens estavam recolhendo a barca para atracá-la e se preparavam para um frugal café da manhã com pão e peixes. Entre aqueles homens, o cervo reconheceu o que tinha a voz melodiosa; já estava pertíssimo; sentia que seu coração dava cambalhotas. Tinha um grande desejo de lançar um forte bramido para expressar toda a alegria que sentia interiormente; aproximou-se ainda mais, abandonando já toda prudência. Avançava sem medo para o homem que tanto lhe tinha impressionado. Parou por um momento a farejar o ar e naquele instante o homem levantou os olhos. Ao cervo lhe pareceu que toda a força de sua essência lhe havia abandonado. Sentiu que os joelhos se rendiam sob o docíssimo e intenso olhar. O seu coração começou a lhe bater com força e teve um grande desejo de fugir e de se esconder, mas permaneceu onde estava. O homem sorriu e levantando a mão, fez-lhe um gesto para que se aproximasse. O cervo branco, quase em êxtase, obedeceu a seu amoroso convite e se acomodou a seus pés. Depois, o homem começou a falar. Sua melodia acalmava o pequeno coração alvoroçado e uma grande paz descia em seu ser. Não soube nunca quanto tempo voou naquele êxtase, mas quando voltou em si, o homem estava partindo dali e, em um instante, compreendeu que nunca mais teria podido separar-se dele. Assim começou a segui-lo dia e noite, por muitos dias e noites. O viu caminhar por cidades e desertos ensolarados; aplacando sua sede nos poços e nas fontes. Viu que falava com os homens, que lhe escutavam encantados; sentia cada vez mais a grande paz que emanava daquele ser. Lhe viu alegrar-se, sofrer, ajudar aos que sofriam, e os homens simples que escutavam sua palavra, foram com uma nova luz no rosto. Tudo isso lhe parecia sublime, embora se não percebia com exatidão a essência do que estava acontecendo. Viu também alguns seres, cujo coração era sombrio, que tentavam pô-lo em dificuldade, de lhe fazer cair em contradição e naqueles momentos o olhar do homem se tornava imensamente triste. O cervo se enfurecia e esperneava, mas, logo, aprendeu que nada podia roçar a pureza e a majestuosidade daquele homem. Sobre ele tudo escorregava, como a água sobre as plumas do pato que nadava no lago da montanha. O lago..! A montanha...!  Agora lhe pareciam tão longínquos...! Pertenciam a outro mundo, a um mundo irreal. Agora já o único desejo do cervo era de seguir sua melodia e de sentir sobre si próprio o olhar luminoso do homem que, de vez em quando, procurava o seu e sorria. Estava satisfeito e feliz. Não pedia nada mais. Uma noite, a pesar do cansaço, não conseguia dormir. Encontrava-se em um olivar, ao alcance do olhar de seu ídolo, mas percebia algo estranho no ar; uma estranha tensão, que a sua natureza sensível não lhe agradava completamente. Elevava continuamente o focinho para farejar o ar. Levantando-se, observou o homem que, um pouco afastado de outros, estava de joelhos. Voltou a deitar-se, mas não conseguia ter paz. A noite era já muito escura e ao cervo lhe pareceu ouvir um lamento. Com um salto se levantou e viu o homem dobrado sobre si mesmo. Ulteriormente se aproximou dele e teve a confirmação de que o som lastimoso provinha precisamente dele. Sem duvidar se posicionou a seu lado. Olhou-lhe um instante com a cabeça inclinada para lhe perguntar o que acontecia, qual era a  profunda aflição que pesava sobre seu coração. Depois, ele levantou a cabeça... Sua fronte era molhada com gotas de suor, um estranho suor cor de sangue. O cervo branco lhe olhava com assombro, muito aturdido para saber o que fazer. O homem com um gesto cansado, convidou-lhe a reclinar a cabeça sobre seu regaço. Tocou-lhe na frente e depois lhe falou: “meu amigo, nesta hora de sofrimento, somente você permaneceste a velar comigo. Olhe - disse indicando os outros homens que dormiam – olhe, também aqueles que mais amo me estão longínquos. Não souberam velar comigo”. O cervo branco passava de um estupor a outro. Não compreendia como, em um instante, com aquele simples toque, toda a harmonia daquela voz se tornou compreensível para ele. Lançou um suave bramido, perguntando a seu doce amigo se podia lhe ser útil de algum modo, e ele, depois de lhe haver olhado durante muito tempo amorosamente, voltou a falar: “Conheço seu grande coração cheio de amor. Sei quem és, mas nenhuma criatura sobre a Terra pode me ser de ajuda nesta hora, embora sim com sua proximidade e com o calor de seu amor, por um instante, aliviaste a opressão que me apertava o coração. “O cervo confundido baixou a cabeça, fechou os olhos e se abandonou à magia daquele momento”. “Aqui estão... aproxima-se o que me trai... E agora parte! Mas, rogo-te, não intervenha! Guarda tudo em seu coração, porque tudo o que acontecerá é assim deve ser. Veja... Veja... Veja...”.

O cervo se refugiou no mato e assistiu a maior das traições com o coração destroçado e a extenuação da impotência. Viu Jesus, porque este era o nome do homem que prenderam e levavam os homens armados, como se fosse um malfeitor. Viu que lhe maltratavam, que lhe ludibriavam. Ele, que tinha consolado todos os homens. Ele, que tinha pregado o amor. Lhe seguia por todos os lugares e se deu conta de que podia lhe ver inclusive através das coisas. Não havia obstáculo que pudesse deter seu olhar. Em seu ser, sentia toda a dor daquele pobre corpo martirizado pela monstruosidade do “ânimo humano”. Era em simbiose com ele. Viu o corpo golpeado pelo chicote e as cusparadas dos soldados; viu a cabeça coberta de espinhos e uma grande cruz pesar sobre aqueles frágeis, mas potentes ombros. Sentiu o desespero dos amigos fiéis que amavam o Jesus; a pena mortal que pesava sobre o coração de Maria sua mãe, e das demais mulheres. Sentio tudo e seu coração estava oprimido por uma pressão desumana, era tão forte quase aniquilado, mas tinha fé na palavra dada a Jesus. Quando chegaram ao topo da montanha, cravaram-no naquela cruz. E o cervo branco se abateu profundamente, destruído pela dor. Seu corpo era sacudido por violentos tremores e tudo o que tinha a seu redor, havia perdido todo significado. Ficou amodorrado, envolto por um torpor feito de névoa e de dor; não soube nunca por quanto tempo. A tirania do tempo já não fazia presa. Depois, ouviu Jesus gritar exalar o último fôlego. Todo o céu se escureceu. A Terra foi sacudida por estremecimento de rebelião contra aquele enésimo crime cometido pela “humanidade”. Todos foram sobressaltados de espanto e se puseram a correr para procurar um refúgio. Também os soldados estavam aterrorizados, e um deles disse: “Verdadeiramente esse homem era um Justo”. O cervo branco encontrou a força, - embora transtornado -, para aproximar-se da cruz e lamber os pés de seu Deus. Ninguém se fixava nele; parecia que nem sequer notavam sua presença. Permaneceu ali, até que se aproximou um homem devoto a Jesus, que o baixou da cruz, e, depois de lhe haver envolto em um lençol, depositou-o em um sepulcro novo. Todos o acompanharam em cortejo, e o cervo  branco fechava a fila, ignorado por todos. Quando os amigos, os discípulos e as mulheres partiram, o cervo se acomodou junto à entrada do sepulcro, onde tinha sido posta pelos soldados uma grosa laje, e ficou  ali, com o focinho entre as patas, sem fazer nada, pensando em tudo aquilo que, em tão breve tempo, havia aprendido e chorando, silenciosas lágrimas interiores, pela perda de um bem tão precioso. Começava a amanhecer, quando ouviu um leve ruído, como um zumbido. Elevou a orelha direita e abriu os olhos. Viu uma grande luz que vinha para ele, e naquela luz dois homens de extraordinária beleza. Sorriram-lhe e com um toque sobre a pedra, deslocaram-na, como se fosse uma pluma. O cervo com um salto se levantou e com imensa alegria e estupor viu seu Deus sentado sobre um leito, com o sudário dobrado a um lado, e as ataduras que lhe envolviam do outro lado, no chão. Sorria e irradiava uma luz muito pura. Uma doce música se ouvia no ar. Depois, Jesus falou: “meu amigo, estou contente por te encontrar de novo”. “Meu Senhor”- balbuciou o cervo - “Meu Senhor...” - e não soube acrescentar nada mais. Então, Jesus lhe acariciou no focinho cândido como a neve e o despediu, lhe dizendo: “Agora vai com estes mensageiros... Vai nos pastos de meu Pai, nos maravilhosos jardins de sua morada. Aqui, Eu tenho ainda algumas coisas que fazer... Eis aqui..., chega Maria, e devo me mostrar a ela para que seja a primeira a me ver. Veja... Veja... Veja...”.

CARLA, UMA DOS NOSSOS, UMA LÁGRIMA DE JESUS TRANSFORMADA EM UM SORRISO DE VIDA E DE AMOR.


Eugenio Siragusa.

Escrito por Carla em Dezembro de 1983 em Legnano.

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