terça-feira, 6 de setembro de 2016

PORTAL - GNA - 7766 - OS ESPÍRITAS E A BÍBLIA - BUSCANDO VERDADES DIANTE DAS VERDADES - POSTAGEM ESPIRITUAL - GNA

LEIAM ABAIXO VERDADES SOBRE O DIA SANTO DE SÁBADO ... E A ANÁLISE DO GNA
Os espíritas e a BíbliaPDFImprimirE-mail
Avaliação do Usuário: / 29
PiorMelhor 
Artigos on line Artigos
Escrito por Agnaldo Cardoso   
Sex, 19 de Agosto de 2011 11:34
Fui fazer uma palestra em uma determinada Casa Espírita em Olinda, onde moro.
 Eram quinze horas de um belo, ensolarado e quente dia de sábado. O salão 
estava repleto e depois de cumprimentar a todos os presentes, eu lhes disse:

─ Eu sei que vai parecer estranho, mas confesso que estou em dúvida, se devo ou
 não fazer a palestra. (quem estava desatento passou a prestar atenção) É verdade!
 É que eu estou com um medo terrível de morrer! (algumas pessoas sorriram) Não! 
Não pensem que estou brincando! Eu estou realmente com muito medo de morrer
 e sabem por quê? Porque hoje é sábado e a bíblia diz claramente em Êxodo 35: 2
 Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso
 ao SENHOR; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho, morrerá.

Olhei para a dirigente da reunião, que se chamava Carminha e lhe perguntei:

─ Você conhece a passagem bíblica a que me referi há pouco, dona Carminha? 
Conhece? E você, dona Iêda? (era a precista) Também conhece? (ambas concordaram 
que conheciam a citada passagem bíblica) Então, se vocês são conhecedoras da bíblia,
 o que estão fazendo aqui? Trabalhando em pleno sábado? Ou esta reunião de
 divulgação da Doutrina Espírita, não é trabalho? E o pior? É que vocês estão falando!
 Uma dirigindo e outra fazendo prece! Falando em público! Não podem! É proibido! 
(neste momento passei a ter a atenção de todos os presentes). Continuei.

Aliás, aconselho todas as mulheres aqui presentes, a não abrir a
boca, pois isso lhes é terminantemente proibido! Não, não pensem que sou
 eu que quero que seja desta 
forma, e se existir alguém culpado pela proibição, saibam que é a bíblia.
 É sério, pois 
em Coríntios I, 14:34 é dito: Que as vossas mulheres estejam caladas 
nos templos 
e igrejas; porque não lhes é permitido falar; E, se querem 
aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; 
porque é vergonhoso que as mulheres
 falem na igreja. 

Vejo que alguns homens estão segurando o riso, que estão se deliciando,
que estão se 
deleitando com a inesperada volta do machismo e de um machismo todo
especial, pois
 é um machismo bíblico! Mas eu, se fosse vocês, não estaria rindo, pois
 todos nós 
podemos ser mortos a qualquer momento. Duvidam? Não façam isso,
 pois já que somos
espíritas, o que significa o mesmo que necromantes, feiticeiros e
adivinhos, segundo 
muitos seguidores de várias religiões, notadamente das evangélicas,
pode aparecer
 um fanático religioso querendo obedecer cegamente aos mandamentos
 bíblicos, 
particularmente o que está escrito em Levítico 20:27, que diz:
Quando, pois, 
algum homem ou mulher, em si tiver um espírito de necromancia 
ou espírito
de adivinhação, certamente morrerá apedrejado.

Alguns de vocês devem estar pensando:

─ Ora, Agnaldo! Já que você está apelando para a bíblia, vou fazer
 o mesmo e 
quero ver o que você vai dizer, porque mesmo que eu estivesse errado,
 Deus é
 Bom e Misericordioso e não permitiria que isso acontecesse,
 conforme está 
escrito na bíblia, em Deuteronômio 4:3 a 1 Porquanto o Senhor 
Teu Deus
 é Misericordioso e não te desampara. E agora, caro Agnaldo?

─ Eu não contaria muito com tanta bondade e misericórdia divina, meu
 querido irmão, 
pois emSamuel I, 15:3) Deus bota pra quebrar ao determinar:
Vai agora
 e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo. Nada lhe poupes; 
matarás a homens, mulheres, meninos e crianças de peito, bois e 
ovelhas, camelos e jumentos.

Meus queridos irmãos! Evidentemente que o meu objetivo não é
desacreditar
 a bíblia, mas colocá-la no lugar que ela realmente merece, pois ela,
 na minha
 opinião, é o mais completo e importante documento histórico que a
 humanidade
 tem em mãos. Mas, que fique claro: a bíblia não é a palavra de Deus.
 Eis 
porque alguém escreveu há algum tempo: quer ser bom? Leia a bíblia;
 quer 
ser sábio? Então interprete-a!

Há algum tempo, eu venho constatando que muitos dos nossos irmãos
 espíritas,
 vários até com um bom conhecimento da Doutrina, têm medo de
 envolver-se 
em temas considerados mais ou menos contraditórios e se omitem de
explanar 
suas opiniões, sob a alegação de que não querem causar polêmica.
O nosso último 
livro A Casa dos Fantasmas, publicado pela EME, é o maior exemplo disso.
 Uma outra editora espírita, adorou o livro ─ segundo o próprio editor ─
mas o
 conselho editorial ficou com medo de publicá-lo por conta de possíveis 
polêmicas nele inseridas. E o receio começou porque eu afirmara no livro,
 que Jesus deixou por escrito vários pergaminhos sobre vários assuntos.

─ Mas se Jesus nunca escreveu nada! Alegou o amigo editor. Eu retruquei:

─ Temos mesmo certeza disso? Baseados em quê? Na bíblia? Mas não sabemos
 que ela sofreu milhares de alterações ao longo dos tempos? Alguns falam 
em mais de 400 mil alterações! E com um detalhe: eu afirmei, também, 
que o livro poderia ser uma mera ficção! Respondi.

Mas, o que poderia ser considerado polêmico em termos religiosos? Em
princípio,
 qualquer coisa que venha a contrariar, a confrontar a bíblia! Assim, mesmo 
os espíritas sabendo que a bíblia não é a palavra de Deus e que ela sofreu 
um sem número de alterações ao longo dos tempos, muitos continuam com
um medo inexplicável de contrariá-la, mesmo que seja para defender aquilo
 em que acreditam.

Qual a grande consequência? Tal atitude, simplesmente nos transforma em
 maravilhosos espiritólicos! Ou seja: espíritas que não esquecem seus 
tempos de católicos! Evidentemente que eu não concordo com essa 
postura, que vem apenas confirmar que nós espíritas somos excessivamente
 tímidos e acomodados para nos posicionarmos em defesa das nossas crenças.

Se Jesus Cristo, Allan Kardec e Chico Xavier, aliás, que maravilhoso trio de
 hereges! E antes que alguém tenha um ataque espiritólico, eu gostaria de
 explicar para o caso de alguém não saber, que heresia é ter uma atitude 
contrária ao que foi estipulado como matéria de fé pela igreja. Então, se 
Jesus, Kardec e Chico, além de outros baluartes do Espiritismo, tivessem
 a preocupação de não abordar assuntos considerados como polêmicos, nós 
não teríamos hoje o Cristianismo, a Doutrina dos Espíritos e mais de 400
 maravilhosos livros de Chico.

Jesus foi um maravilhoso subversivo e um extraordinário revolucionário, 
pois subverteu a ordem vigente à época, ordem imposta por romanos 
arrogantes e sacerdotes fanáticos e implantou no mundo a inexcedível 
revolução do amor! E foi o mesmo Jesus, que assustou o mundo quando
 disse:“Não penseis que eu vim trazer paz sobre a Terra; eu não vim
 trazer a paz, mas a espada.” Mas como poderia o príncipe
do amor e da paz,
 falar em desamor, em não paz? Podia e o fez, porque na
realidade, Jesus
falava da sua mensagem, que por ser nova, iria incomodar,
 gerar perseguições
 e polêmicas. Mas por que isso iria acontecer?

Por que Jesus ousou contrariar velhos ensinamentos de cabrestos,
propôs 
novos conceitos em suas pregações, inclusive trabalhando nos
sábados, 
o que era proibido pelas leis mosaicas, como vimos; afrontou os
 sacerdotes
 intocáveis do sinédrio; não imitou; não copiou ninguém e tendo
como
 pilares, sua moral, seu exemplo e seus conhecimentos, ele
afrontou o
 mundo da hipocrisia. Mas Jesus queria ir mais além! Então,
para coroar
 sua maravilhosa obra, teve a ousadia de sepultar o Deus de
 Moisés que
 era mau, vingativo, orgulhoso, perverso, etc. e nos mostrou
o Deus real,
 de amor e caridade! Aliás, hoje, como é simples entender
que na realidade, 
Deus não usa o chicote, mas sim o mestre tempo!

Não sei quantas verdades, ditas por Jesus ou por outros
 personagens reais 
da história, jazem prisioneiras em masmorras religiosas,
 deturpadas ao
 talante de interesses escusos ou foram carcomidas pelo tempo.
 Mas
 tenho certeza de que muita coisa ainda virá à tona, haja vista
 que o
 próprio Jesus afirmou não ter dito tudo, o que foi posteriormente 
corroborado por Kardec. E temos certeza de que os novos
conhecimentos
 vão iluminar cada vez mais os subterrâneos escuros que ocultam
 algumas verdades capitais, principalmente sobre o maior mestre
 e o espírito mais puro e iluminado que já esteve na terra: o
 mestre JESUS!

Eu reitero, porque gostaria que ficasse bem claro, que o meu maior
 objetivo não é entrar em polêmicas estéreis, ou me contrapor
 à bíblia,
 mas esclarecer qual é a posição do Espiritismo sobre assuntos tão
 importantes e que infelizmente não têm recebido a atenção que
 merece por parte dos queridos confrades espíritas.

É possível que algum espiritólico presente, esteja se perguntando: Mas
 nós podemos questionar as escrituras? Podemos e devemos, pois é 
comum que os católicos e notadamente os evangélicos, apontem a nós,
 os espíritas, como sendo um bando de hereges, exatamente por causa
 dos questionamentos que sempre fazemos, não excluindo nem mesmo
 a Bíblia, o que, para eles, é a razão maior de nossa heresia, quando, 
na verdade, estamos justamente querendo que as pessoas tenham
mais fé, mas uma fé fortalecida na lógica e na racionalidade e não
 em dogmas insustentáveis.

O que percebemos é que, por tantas coisas absurdas, incoerentes,
 inconsistentes, contraditórias, lendárias e mitológicas contidas na
 Bíblia, muitas pessoas têm perdido a sua fé. Querem um exemplo
 de absurda contradição? No Velho Testamento, Deus é um carrasco 
que vinga a culpa dos pais nos filhos, conforme está em Isaías 14:21 -
 Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus
 pais, para que não se levantem e possuam a terra...

Entretanto, como o Deus bíblico é um Deus que muda muito de idéia,
 em Deuteronômio 24:16 eCrônicas II 25:4 - Ele muda e afirma que O
 filho não deve ser punido pelos pecados do pai. Todo homem tem a 
culpa somente de suas próprias transgressões. Agora sim, surgiu o 
Deus de amor, que nos foi apresentando pelo mestre Jesus.

Mas voltemos a Jesus. Não fosse Jesus um herético, um herege, não
 teríamos a Boa Nova. E a Boa Nova é exatamente, a conseqüência
 do fato de Jesus ter contestado o tempo todo, tanto as tradições, 
quanto algumas práticas religiosas de seu tempo. Mas, na realidade, 
o que acontece, é que os líderes religiosos não se preocupam em
 ensinar a seus fiéis a devida e necessária diferença entre o que é
 história, o que é cultura e o que é realmente de origem divina.

E, por não possuírem esse conhecimento, os fiéis aceitam pacificamente
 tudo quanto contém a Bíblia como proveniente da vontade de Deus. 
É daí também que nasce o preconceito e o sectarismo religioso, uma
 vez que passam a acreditar que eles são os “eleitos de Deus”. Com
 continuada lavagem cerebral, os líderes fazem com que os fiéis não
 tenham a mínima coragem de questionar qualquer coisa. Seguem 
seus líderes, sem ao menos se darem conta de que esses líderes
 fazem parte daqueles a quem Jesus denominou de “cegos, guiando cegos”.

Um exemplo claro, está na forma como os queridos irmãos evangélicos 
e católicos abominam a idéia da imortalidade da alma e da reencarnação.
 Desesperam-se e gritam que somos blasfemadores! Que somos hereges!
 Ora, tanto a idéia da imortalidade da alma como a da reencarnação, 
perdem-se nas imemoriais noites dos tempos e até a igreja, no princípio
, compactuava com essas idéias. A própria igreja católica! E como e
 porque mudou tanto?

A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas o Concílio de 
Constantinopla em 553, foi o recordista em matéria de desordem e
 mesmo de desrespeito ao próprio Papa Virgílio, papa da época. 
O imperador Justiniano era um teólogo que queria saber mais
teologia do que o papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora,
 foi uma cortesã e se imiscuía nos assuntos do governo do seu
 marido, e até nos de teologia.

Contam alguns autores que, por ter sido ela uma prostituta, 
isso era motivo de muito orgulho por parte das suas ex-colegas,
que diziam aos quatro ventos que haviam sido colegas. Teodora,
 por sua vez, sentia uma grande revolta e mágoa pelo fato de 
suas ex-colegas ficarem decantando tal honra, que, para ela, 
se constituía em desonra. Então, para acabar com aquela história,
 mandou eliminar todas as prostitutas da região de Constantinopla,
 aproximadamente quinhentas.

Acontece que o povo naquela época, que era reencarnacionista e
 em sua maioria cristão, passou a chamá-la de assassina, e a dizer
 que ela seria assassinada, em vidas futuras,
 quinhentas vezes; que esse seria seu carma por ter mandado assassinar 
as suas ex-colegas prostitutas. Com isso, Teodora passou a odiar a doutrina 
da reencarnação. Como mandava e desmandava em meio mundo através de
 seu marido, resolveu partir para uma perseguição, sem tréguas contra 
essa doutrina e contra o filósofo Orígenes, o maior defensor da reencarnação 
entre os cristãos.

Como a teoria da reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito,
 Justiniano e Teodora partiram primeiro para desestruturar a teoria da
 preexistência da alma, com o que estariam, automaticamente, 
desestruturando a da reencarnação. Algum tempo depois, Justiniano
 publicou um decreto, em que expunha e condenava algumas idéias
 vigentes à época, sendo uma delas a da preexistência, determinando
 que quem sustentasse a crença na preexistência da alma, seria 
anatematizado, amaldiçoado.

À primeira vista, é difícil entender por que a Igreja não questionou 
a teologia do Imperador dominado, da Imperatriz dissoluta e do falso
 concílio. É que os líderes cristãos primitivos, que lutavam para aumentar
 o poder temporal da Igreja, julgaram as idéias de Teodora e Justiniano
 bem mais eficazes politicamente, que o ensinamento da doutrina da
 reencarnação. E por que isso?

Ora, porque prometer um “céu” e um “inferno” imediatos dava-lhes
 muito mais poder e autoridade para lotear o paraíso, do que a doutrina 
da reencarnação, que prometia novas chances de “salvação”, através de
 novas vidas e sem intermediário. Sem falar que a teoria da reencarnação,
 não podia conciliar-se com certos dogmas e artigos de fé, armas poderosas
 para a Igreja, tais como as penas eternas, o juízo final e principalmente
 porque a venda de indulgências iria cair assustadoramente!

Não entendemos por que religiosos, quer de batina, quer engravatados,
 alimentam tanto ódio contra os espíritas. Há uma frase que situa muito
 bem o Espiritismo: “só se jogam pedras em árvores que dão frutos”,
está aí o motivo de sofrermos tantos ataques. E se fizéssemos da mesma
forma? E se escondêssemos nossos escrúpulos e revidássemos? E que tal
 editarmos uma bíblia do nosso jeito? A Bíblia Espírita?

Partindo do princípio que todo mundo tem o direito de “traduzir” a
 Bíblia, conforme as suas conveniências, praticando adulterações à 
vontade, conforme fazem católicos e protestantes, chegando ao
 ponto de inserir palavras que nunca existiram no Hebraico, como
espírito e Espiritismo, com o inequívoco objetivo de denegria a
 imagem da nossa Doutrina, já imaginou se os espíritas,
 resolvessem, também, lançar uma “tradução espírita” da Bíblia?

Apenas estaríamos pagando com a mesma moeda, não é verdade? E, 
justificaríamos que a tradução estaria correta, e que Jesus estava
 mesmo se referindo diretamente a padres e pastores que exploram 
suas igrejas. Mas... (por quê sempre aparece um “mas” para cortar 
nosso entusiasmo?) E o nosso caráter? E a nossa dignidade? E o respeito 
à pureza da nossa Doutrina dos Espíritos? Aonde esconderíamos a nossa
 vergonha, se somos conscientes de que no tempo de Jesus não 
existiam padres, porque a igreja católica só foi inventada algum
 tempo depois da sua morte e que também não existiam pastores
 protestantes, que só começaram a existir a partir de Martinho Lutero?

Não. Isso seria indigno e o que nos cabe é estudarmos e entendermos as
 milhares de alterações que a bíblia sofreu e não agirmos como nosso
 perseguidores, ou seja: usando as mesmas armas que eles!

E os polêmicos dogmas? Os dogmas são verdades absolutas que não 
permitem a discussão. Não discutir algo é não descobrir nada sobre
 esse algo, é viver à sua sombra sem saber se é uma verdade ou uma
mentira. E como podemos viver assim hoje, se Kardec e os Espíritos 
Superiores nos ensinaram e estimularam o questionamento?

Como se criam os dogmas? Calando-se, impondo o silêncio, não deixando
 espaço para discussão, com medo de que os seguidores saibam a verdade
 temendo a reação deles diante da descoberta. Para muitas outras religiões
 o que seus líderes dizem é verdade e não se discute. Reencarnação não 
existe, não se discute e ponto final. Espíritos não existem e não se fala
 mais nisso. Você errou, irá pagar no inferno e pronto, essa é a lei de Deus.

E Kardec, imperturbável, questiona: O que é Deus? O que é Espírito?
Existe o inferno? Derrubando dogmas e mais dogmas para nos mostrar 
algumas verdades. Se nós espíritas não desejamos espalhar a verdade
 por medo, iremos cair no erro de tornar o espiritismo dogmatizado.
 Escondendo a verdade, em que seremos melhores que aqueles que se
 fanatizam e dogmatizam sua fé? Kardec escondeu a verdade dos homens
 quando falou a todos sobre o mundo dos espíritos, diferentes mundos
 habitados e sobre reencarnação? Por que será que os homens temem
 tanto a verdade?

Ainda bem que o Espiritismo é doutrina de liberdade, de livre exame,
 que expõe sem impor, que ilumina sem humilhar. Não tem chefe, nem 
condutor, sendo aberto a todas as criaturas, que o entenderão conforme
 o próprio nível de consciência e possibilidade intelectual.

Hoje mais do que nunca, vemos em cada esquina uma igreja ou um salão 
religioso, que arrastam dezenas, centenas de pessoas para seus cultos.
Nunca a religião foi tão democrática, porém talvez nunca tenha sido tão
 mal compreendida pelos homens. Quantas vezes não tivemos que ouvir 
os cultos no último volume, como se Deus fosse surdo e o homem tivesse
 que gritar para que Ele ouvisse? Quantas vezes não temos que exercitar 
a tolerância ao extremo, e isso pelo menos é bom, para poder agüentarmos
 aquele cara que tenta, a qualquer custo, nos transformar em outra 
pessoa, não respeitando nossa própria religião? Aliás, em termos de respeito mútuo...

O padre Geraldo foi designado para uma determinada paróquia e ao
 chegar fez questão de visitar as autoridades locais, inclusive Lupércio,


 o pastor evangélico.





Ao chegar ao templo evangélico, a porta estava fechada e o ato


 impunha uma participação ativa dos seguidores. O pastor Lupércio 
saiu ao encontro do padre Geraldo e enquanto aguardavam o fim do
 ato evangélico, ouviam-se os gritos, alaridos e gemidos como se


houvesse alguém sofrendo muito. O padre Geraldo, curioso indagou:





– Pastor Lupércio! O que é isso aí dentro?




– Ora, padre Geraldo! É Jesus operando!



– Operando? Sério? Então, pelos gritos eu posso deduzir que ele está operando 
sem anestesia! Dizem que aqui começou o sectarismo religioso...

Por que o homem se tornou tão religioso e ao mesmo tempo tão fanático?
 Fanatismo é a cega obediência a uma fé ou um conceito. No fanatismo não 
há liberdade de consciência, tornando a pessoa intolerante e porque não dizer,
 insuportável. Desde as cruzadas até os atuais homens-bomba, nós temos a 
clara visão sobre o fanatismo religioso e suas conseqüências 
desastrosas para o mundo.

O fanatismo não escolhe religião, todas elas possuem seus “fanáticos
 de plantão”, que não percebem o que fazem e não aceitam conselhos
 nem críticas. Entre os espíritas também podemos encontrar fanáticos fervorosos.

Há algum tempo eu li um artigo muito interessante sobre fanatismo 
religioso. Na época eu notara que poucos espíritas sorriam e a maioria 
mantinha a cara feia, como sinônimo de seriedade. O texto dizia claramente
que a grande maioria dos fanáticos sofria de uma doença psicológica: 
o mau humor. Amós Oz, um pacifista israelense, disse ter encontrado
 a cura para o fanatismo: O Bom Humor. E explicava: nunca vi um 
fanático bem-humorado, nem alguém bem-humorado se tornar fanático.

Realmente falta em muitas pessoas, sejam espíritas ou não, a alegria. E, o 
riso faz parte da alegria. Quando se fala em Deus, devemos sentir a alegria
 fluir de nossos corações. Se estamos em público divulgando a Doutrina
 dos Espíritos, igualmente devemos nos sentir felizes por isso. E o que caracteriza
 essa felicidade, é o nosso sorriso. Ou pensam que fechar a cara dará mais 
credibilidade e seriedade? A seriedade não está na cara feia de mau humor, 
mas na responsabilidade com que estamos trabalhando.

Será que muitos não sorriem porque no Livro dos Espíritos não está escrito: 
Sorria!? Muitos de nós espíritas, também não sorrimos, como se fosse um ato
 criminoso sorrir. A alegria não é crime. Devemos viver a vida com a felicidade
 que nos cerca, e sorrir faz parte dela.

Para encerrar, eu convido todos os meus irmãos espíritas a juntos nos esforçarmos
 para exercitar o maravilhoso sentimento de amor que existe em todos nós. 
Não vamos fazer da nossa vida um mero rascunho, porque pode acontecer de
 a gente não ter tempo para passar a nossa vida a limpo.
PORTAL - GNA - Sou Espírita, estudioso e considero que estudar, buscar e aperfeiçoar na cultura religiosa e espiritual é não ficar prisioneiro de igrejas, dogmas e fanatismos ... mas, tudo tem o seu ponto de verdade e de equilíbrio e vejo este belo texto e suas reações em pessoas que a todo custo quer defender suas ideologias ... aqui apenas justifico a Minha verdade, e posso garantir que da Bíblia tiro o Novo Testamento como forma de elevação, pois ali estão Cristo vivo, Seu Deus e Somos Deuses, a Unidade como Irmãos de mesmo caminho, diante desta mesma Unidade a qual Todos deveriam pertencer. O Antigo Testamento, fatos e culturas daqueles tempos perdidos, totalmente fundamentados por um falso deus que não tem sustentação nenhuma diante de Jesus, que inclusive afirmou que este era homicida desde o princípio e pai da mentira ... assim, nossos olhos se votam para a grande realidade que Jesus afirmou, que aqui está quem é maior do que o TEMPLO, E AQUI ESTÁ QUEM É MAIOR DO QUE O SÁBADO . A Doutrina Espírita é a razão superior e Divina diante da razão humana que busca valores aonde eles jamais existiriam quando levados ao conhecimento das verdades dos estudiosos sérios e determinados ao trabalho, seja ele em que dia for da semana, pois os dias todos são iguais, e o que muda é a capacidade de utilizá-los em nome do trabalho que dê seus frutos ... Parabéns, ao Nosso IRMÃO E AMIGO - SR. AGNALDO CARDOSO, PELO BELO TEXTO APRESENTADO.





Nenhum comentário:

Postar um comentário